Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia e do Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos (IVAR) da Universidade dos Açores desenvolveram um importante estudo de medição da quantidade de CO2 que é emitida pela Lagoa das Sete Cidades, o maior Lago Vulcânico do arquipélago dos Açores.

As mais de 1700 medições de fluxo de CO2 realizadas à superfície da lagoa permitiram apurar que aquela emite para a atmosfera diariamente 31 toneladas de dióxido de carbono e que o gás libertado é de origem exclusivamente biogénica, não vulcânica. Estes resultados são ainda suportados por um conjunto de análises isotópicas de 13C realizadas em vários pontos daquela lagoa.

Os investigadores estimam ter apurado os valores máximos emitidos pela Lagoa das Sete Cidades, pelo facto de o estudo ter decorrido na altura do ano que a lagoa apresenta uma boa mistura de água ao longo de toda a coluna de água, por não estar sob o processo de estratificação de origem térmica, e concluíram que os locais onde foram registados os valores mais elevados de fluxo de CO2 correspondem às áreas onde o processo de eutrofização é mais patente, designadamente na margem norte da Lagoa Verde pela forte presença de áreas densas de macrófitas.

Este trabalho alerta para o impacto ambiental que a eutrofização das águas em sistemas lacustres tem, despertando a comunidade científica nacional e internacional para a realização de outros trabalhos de investigação na área e o poder político para uma intervenção célere e eficaz que permita reduzir o impacto ambiental de algumas das belezas naturais de uma Região que se pretende projetar nacional e internacionalmente pela qualidade e sustentabilidade ambiental.

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