As tecabemas, um grupo de protistas que vivem principalmente no solo e nas águas doces onde desempenham um papel ecológico importante na reciclagem de nutrientes, eram até agora praticamente desconhecidas nos Açores.
Graças a um trabalho acabado de publicar na revista científica Biodiversity Data Journal pelos investigadores Martin Souto, Vitor Gonçalves e Pedro Raposeiro do CIBIO Açores e da Faculdade de Ciências e Tecnologia, em conjunto com Xabier Pontevedra-Pombal da Universidade de Santiago de Compostela, foram registadas pela primeira vez nos Açores 38 espécies até agora desconhecidas na região.
Os resultados obtidos mostram que as espécies de tecamebas encontradas exibem preferências ecológicas marcadas, estando frequentemente restritas a um tipo específico de habitat. Este estudo mostra, assim, que as tecamebas são particularmente sensíveis aos impactes humanos e à destruição dos seus habitats, fazendo delas importantes sentinelas das alterações ambientais.
Para além disso, este trabalho permite conhecer melhor a distribuição geográfica das tecamebas no hemisfério norte e a biodiversidade dos Açores.
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