Foram hoje divulgados os resultados da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNA). Candidataram-se à Universidade dos Açores 1622 estudantes para 650 vagas. Ficaram colocados 421 candidatos, o que representa uma taxa de colocação de 65% face às vagas disponibilizadas.

Dos 421 colocados, 96% escolheu a Universidade dos Açores em 1.ª opção. Dos 421 colocados, 330 são estudantes de todo o Arquipélago (com exceção do Corvo).

A Escola Superior de Saúde preencheu a totalidade das vagas em Angra do Heroísmo e em Ponta Delgada.

Mais 5 cursos preencheram todas as vagas: Ciclo Básico de Medicina, Educação Básica, História, Medicina Veterinária e Psicologia. Os cursos de Gestão e de Estudos Portugueses e Ingleses preencheram, em ambos os casos, 92% das vagas.

O curso de Gestão teve a nota de candidatura mais elevada: 19,43 valores.

O Ciclo Básico de Medicina foi o curso com a nota do último colocado mais elevada (contingente geral) 17,62 valores.

A Universidade dos Açores deseja aos estudantes agora colocados e às suas famílias os maiores sucessos nesta nova etapa.

Existem 229 vagas sobrantes para a 2ª. fase nos cursos de Ciências Agrárias, Economia, Estudos Europeus, Informática, Ocean Sciences, Proteção Civil e Gestão de Riscos, e Sociologia, entre outros.

Os resultados da primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior – 2025 são motivo de preocupação, em particular para os territórios com menor densidade populacional e níveis sócio económicos mais baixos, como o interior, a Madeira e os Açores, que acabaram por ser particularmente penalizados pelas alterações nas regras de acesso ao ensino superior, contrariando a tendência de crescimento registada nos últimos anos.

As alterações introduzidas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior — a obrigatoriedade de um número maior de provas de ingresso e o aumento do peso dos exames na média final de candidatura — criaram um cenário mais excludente e desfavorável para muitos estudantes, indo ao arrepio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), designadamente o de assegurar uma educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e colocam cada vez mais em causa a sustentabilidade de Instituições de Ensino Superior situadas em contextos periféricos, sendo suscetível de agravar o risco de despovoamento estudantil e de reforçar a desigualdade e centralização do ensino superior e de fazer perigar os desígnios de elevador social da educação.

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